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segunda-feira

Com o trabalho em mãos...

... e a barriga no pescoço.

A escolha dos tecidos

Alguns tecidos comprei-os há muitos anos na rua do ouro, outros são de vestidos meus da adolescência, camisas velhas, etc... tudo reused.

O vestido...

Já está pronto! e claro, como não consigo estar quieta, aventurei-me a fazer a colcha de remendos toda à mão, tal como o vestido. Fotos já a seguir...

Por fim em casa

Na sexta-feira passada a minha médica mandou-me para casa de repouso absoluto. Estou tão feliz em casa, até porque já não consigo movimentar-me sem incómodo. Vou ter saudades de passar por aqui todos os dias. Agora só daqui a uns 6 ou 7 meses.

sábado

E hoje sinto-me assim...


Equinócio da Primavera

Para além da páscoa, nestes dias celebra-se o equinócio da Primavera. Em latim equinócio quer dizer noites iguais... aos dias. Esta é uma altura em que se consagra a fertilidade (daí os ovos da páscoa, os coelhinhos e os folares) e é a altura ideal para purificar águas. Como é que se faz? Deixa-se uma garrafa do lado de fora da janela a apanhar 24 horas de exposição, sendo que esta entrará em equilíbrio por estar igualmente exposta ao Sol e à Lua. Hoje é a noite ideal pois a Lua está cheia. Simples! Com esta água podemos limpar-nos, limpar objectos, lavar cristais, usar durante o resto do ano em rituais.

quarta-feira

Cansaço de grávida...

Ainda falta algum tempo para nascer a Catarina e eu já estou completamente exausta. Não consigo dormir à noite por causa das dores nas costas, da azia, das cãimbras, do xixi, não consigo fazer praticamente nada sem errar, sujo-me de cada vez que como, e outro dia ia pegando fogo à cozinha... enfim, para uma rapariga que tinha a mania do "tudo perfeito" estes são tempos verdadeiramente inglórios. Dou comigo a chorar de cada vez que tenho de virar-me na cama ou a ficar profundamente deprimida diante de um lanço de escadas. Ainda não estou de baixa. Por um lado acho que a minha médica particular decidiu castigar-me pelos 16 quilos, por outro o meu patrão só agora autorizou uma solução para a minha ausência... creio que ele acha o máximo que me rebentem as águas durante a preparação de um press kit ou uma entrevista para um jornal. Assim, espera-me, pelo menos mais uma semana de trabalho e eu sinceramente não sei como vou conseguir.
A ajudar às dificuldades continuo na minha saga com o Serviço Nacional de Saúde, mais especificamente no Centro de Saúde de Cascais. Nunca tive seguro e como sou uma boa pagadora de impostos para mim era claro que o centro de saúde era a solução. Depressa me apercebi que era impossível para uma trabalhadora normal como eu. As consultas são sempre em horário impossível de conciliar com o trabalho, as marcações feitas de nada valem... nunca somos atendidos na hora prevista; Se ultrapassamos em cinco minutos a hora marcada, ficamos para o fim e a mim chegou a acontecer-me ficar para o fim (esperei toda a manhã) para me dizerem que não me conseguiam atender nesse dia tinha de voltar na próxima semana. Nesse dia decidi que não voltaria ao CSC e procurei uma médica particular. Mais tarde quis pedir a credencial para o Rastreio bioquímico... ninguém ma queria passar e não percebiam a razão da minha solicitação. Disseram-me que não era consultada há muito tempo e que para além disso esse exame não era obrigatório. Foi preciso pedir o livro de reclamações para lá me passarem com o meu médico, o Dr. Abel Abejas. Este fez o favor de me dizer que me passava o rastreio, mas que não concordava com o facto de eu o fazer, pois se os índices viessem alterados eu voltaria para pedir uma amiocintese... "e imagine, Vanessa se todas as grávidas deste centro se pusessem a pedir o rastreio... o que seria...". Debati com ele o meu direito de querer fazer todos os exames disponíveis e a conversa foi até um pouco acesa ao ponto de ele me dizer que era contra o aborto. Pronto, estava explicada a razão porque não se passam normalmente os rastreios Bioquimicos em Cascais (exame fundamental para detectar algumas trissomias). Nesse dia rocei a mal-educada e disse-lhe que ele era livre de ter a sua opinião, mas que essa não podia colidir com o bem-estar e as liberdades da comunidade e perguntei-lhe se ele tinha passado o rastreio à jovem mãe que acabava de sair da consulta com um bebé com um problema de mal-formação notório. Hoje voltei ao centro de saúde para pedir as credenciais dos exames do terceiro trimestre, já que preciso de fazer as análises amanhã sem falta. Depois de ter tentado ligar para o meu módulo de atendimento e ninguém me ter atendido, procurei na internet o horário das consultas. Hoje às 13 horas lá estava eu e o meu marido no CSC à procura do Dr. Abel Abejas pelos módulos de atendimento, pois logo à entrada mandaram-me para um diferente do habitual e diferente da informação da net. Pouco depois foi-nos dito que o Dr. Abel já tinha dado consultas durante a manhã e que não me podiam ajudar. Eu expliqei que a informação da net me tinha induzido em erro e que na verdade não precisava de uma consulta apenas precisava que um médico, o dr. Abel ou outro, do CSC me passasse as credenciais, hoje, pois amanhã termina o prazo para as fazer. Obviamente aquela gente não tem ideia do que é trabalhar numa empresa... se eu tivesse conseguido ir uma semana antes teria ido. Só depois de voltarmos a pedir o livro de reclamações a situação começou a ver contornos de solução. Deparamo-nos no entanto com várias pessoas que respondendo guiões e frases feitas não têm um pingo de respeito pelo contribuinte, muito menos por uma mulher grávida. Desde que estou grávida não consegui tratar de nada ali sem ter de pedir o livro de reclamações, sem me encher de nervos, sem me sentir uma freak por pedir coisas que as outras mulheres não pedem, mas que todas temos direito. É óbvio que o sistema está feito para que pessoas como eu não usufruam dos seus direitos. Se tivesse sido seguida ali, muito provavelmente o meu despedimento já estaria a ser considerado. Ficam algumas perguntas: Quantas crianças com mal-formações vão ter de nascer no conselho de Cascais, sem que a mãe tenha a oportunidade de decidir ou considerar as opções? Uma grávida, quantos dias tem de faltar ao trabalho e sofrer as retaliações da empresa, porque os serviços não funcionam? Porque razão as ecografias feitas através do estado demoram 10 minutos e as feitas particularmente demoram uma hora? Quanto tempo mais vamos descontar para um estado que não cuida de nós?

segunda-feira

Hoje sinto-me assim


Gratidão

Tive a sorte de amanhecer no sopé do Kilimanjaro (quando tinha mais neve do que tem agora). Tive a sorte de me casar com o homem certo; Tive a sorte de ver ao vivo as twin towers, quando elas ainda lá estavam; Tive a sorte de ter sentido o chão a tremer por estar demasiado perto de uma manada de elefantes a correr; Tive a sorte de ter falado (ainda que fosse ao telefone) com Tyler Brule, ex-director da revista wallpaper, que ainda por cima elogiou o meu trabalho; Tive a sorte de conhecer o Paulo Condessa e que ele me ensinasse a libertar a escrita; Tive a sorte de gostar de ler; Tive a sorte de comprar, lá, The biggest edition da vogue USA, em 1991... e de ainda a ter; Tenho a sorte de ter ideias a toda a hora, inclusive às vezes, durante a noite as ideias despertam-me; Tive a sorte de começar a ser espectadora de passagens de modelos tinha apenas 10 anos de idade... o que desenvolveu muito o meu sentido estético; Tenho a sorte de ter sardas. Tive a sorte de viajar com a Daniela Coutinho, uma das mulheres mais bonitas que habita este planeta (onde é que andas?). Tive a sorte de ver em cena “O que diz Molero”, do Dinis Machado e depois ter podido encontrar o livro; Tenho a sorte de ter uma intuição aguçadíssima. Tenho a sorte de ser amiga da Renata Pinto, de longe a melhor profissional na sua área (assessoria de comunicação). Tenho a sorte de chorar com facilidade. Tive a sorte de ver ao vivo os peixes papagaio e os peixes imperador, que coloriam as praias de Bonaire. Tive a sorte de assistir a uma tempestade sem aviso na Florida, tão inesperada que nos deixou de tornozelos alagados em poucos minutos. Tive a sorte de conhecer os MGM studios. De percorrer Barcelona toda a pé. Tive a sorte de não ter tido desgostos de amor. Tive a sorte de ter sido aluna do Fernando Poeiras, do Machuco Rosa, do António Pinto Ribeiro, do Pedro Alvim (que nos deixou órfãos quando partiu), do Luís Filipe Teixeira. Tive a sorte de sair viva de um tiroteio, numa festa de rua em Salvador. Tive sempre tanta sorte... e tenho.

É por tudo isto que, de cada vez que dou comigo a praguejar com esta vida, devia lembrar-me de estar grata com esta a mesma vida, que me proporcionou e proporciona tudo isto.

Hoje sinto-me assim...


Da importância de viajar

Nesta vida tive a sorte de ter conhecido 3 dos 5 continentes ainda não tinha 12 anos, tive a sorte de por causa do trabalho ter vivido noutra cidade do mundo, tenho a sorte de ter casado com um homem que é tão “viajeiro” ou mais do que eu. Considero que uma das formas mais importantes de adquirir conhecimentos é pela experiência das coisas. É por isso que viajar é sem dúvida a melhor universidade que podemos ter e nem sequer precisamos de ir longe. Consigo perceber à distância se uma pessoa viaja ou não... e nem precisa de abrir a boca. Nota-se pela postura que os cidadãos do mundo têm em relação à vida, à forma como relativizam, como chegam sempre rápido às soluções mais práticas e lógicas, como não perdem energia em coisas que não interessam. Obviamente que aqui não posso incluir os das carneiradas das excursões, os peixinhos de aquário que vão onde vão todos os outros e os papa-promoções a Punta Cana. Estou a falar sim daquela espécie de gente que se sente tão confortável na índia como em casa, naqueles que se aventuram pelos caminhos estreitos para lá da praça principal, dos que recusam os clubs med para experimentarem um Riad pouco conhecido, dos que metem conversa com as pessoas do café e aceitam um convite hospitaleiro para jantar sem receios. As próprias casas dos “viajeiros” são diferentes... são casas onde não faltam livros, objectos estranhos com uma história por detrás, cores, padrões e texturas diferentes, tanto nas paredes como nos cozinhados. E perdão, mas tempo e dinheiro já não são desculpa. Uma das coisas que mais me delicia é ir andando pela cidade, feita turista, a fotografar tudo, a espreitar para as casas das pessoas, a sentar-me num café pouco conhecido e pedir alguma coisa que não vem no menu. Para viajar basta poder sair de casa... e do circulo de segurança.

quarta-feira

Queijadas da Sapa

Há coisa de uma semana e tal, fiz gazeta. Não consegui carregar-me até ao trabalho e desafiei o Paulo a fazer o mesmo. Levámos a Fiona ao Guincho e depois fomos lanchar a Sintra... Aqui, as duas à espera das Queijadas.

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